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Mostrando postagens de setembro, 2007

O ELEFANTINHO

Aos domingos, no final da tarde, os sinos da igreja repicavam convocando os fiéis para a missa, celebrada no sotaque germânico de frei Caetano. Arranchados à porta do templo, de cuias na mão, um punhado de mendigos à espera de misericórdia, e às famílias que aos poucos iam chegando, pediam esmolas em nome de Deus. Terminado o culto, a meninada descia para a praça e, à vontade, numa euforia incansável, brincava de pega-pega contornando o “Cuscuz do Major”. A fonte luminosa, ao som de música clássica, jorrava água numa coreografia sincronizada, lembrando um balé. Os pombos pontilhavam o chão do logradouro em busca do alimento, e em cíclicas revoadas retornavam para o alto da igreja, lá onde moram os sinos. No centro da praça, impávida, a estátua do homem que fez história, e que devido aos seus feitos, ficou conhecido como “O Marechal de Ferro”. Comendo pipocas ao lado do garoto Decinho, Seu Elpídio, com habitual paciência, explicava ao filho atento a importância do herói reverenciado. “F