Atrás de um sonho, só
Se você me perguntar Por que às vezes ele fica tão medonho, É fácil responder: É que ele está atrás de um sonho. Se você quiser saber Por que às vezes ele arde feito labareda, A boca fica azeda E assim fica tristonho, É que você não vê Mas ele corre atrás de um sonho. Tantas vezes a casa cai, A coisa não anda, não vai. Seu gesto trai sua intenção E ele volta ao começo, Repondo, Reiniciando a construção: Novo rumo, nova direção, Mas sempre de olho no mesmo endereço, Mesmo seguindo por outra vereda, Reacendendo a labareda Como se fosse a fênix, Surgindo do pó: Seu mesmo sonho!!! Só!!! O poeta Geraldo Rebêlo, nos presenteia com mais uma poesia.